O participante do BBB 21 Gilberto Nogueira conquistou o coração do público em poucas semanas do reality show. O pernambucano é doutorando em Economia e já chamou atenção no programa devido aos seus ensinamentos sobre o tema.

Enquanto está confinado na casa do Big Brother Brasil, Gil conquistou duas vagas para PhD nos Estados Unidos. O doutorando conseguiu entrar na Universidade no Texas e também ganhou uma bolsa de estudos na Universidade da Califórnia. A informação foi confirmada pelo orientador de Gilberto no Twitter.

Nesta semana, Gil deu uma breve aula de economia aos participantes da casa e falou sobre a Curva de Phillips, teoria que mostra a relação entre desemprego e inflação. Entre uma brincadeira e outra, Gil usou do bom humor para falar sobre o tema. Veja no vídeo a seguir:

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E se você quiser saber mais sobre essa teoria econômica, trouxemos um trecho do livro Princípios de Economia – Abordagem Didática e Multidisciplinar. Confira:

Curva de Phillips: entenda o conceito

 
A redução do desemprego a partir da utilização da política fiscal ou monetária expansionista gera inflação. Esse dilema foi tratado formalmente pelo economista neozelandês William Phillips (1914-1975), que ficou conhecido pela famosa Curva de Phillips. Essa curva mostra que menos desemprego só é possível com mais inflação.

Considerando π = taxa de inflação e u = taxa de desemprego, tem-se a seguinte representação para a Curva de Phillips:

Em Economia, a relação dada pela Curva de Phillips é de curto prazo. No longo prazo, segundo os economistas, essa curva é horizontal no nível de pleno emprego. De qualquer forma, a curva revela alguns resultados importantes na análise da inflação. No capítulo anterior, argumentou-se que é possível considerar a inflação como sendo resultado da expansão monetária. Agora, pode-se considerar a inflação como sendo um fenômeno relacionado com a taxa de desemprego.

Essa relação remete à análise o debate sobre as políticas de estabilização. Muitos economistas, também denominados “heterodoxos”, alegam que o combate à inflação resulta no desemprego da mão de obra. Esse argumento tem sido considerado por aqueles que combatem a denominada “ortodoxia econômica”, muitas vezes relacionada com o monetarismo.

Como alternativa, esses economistas sugerem outras formas de controle dos preços. A mais famosa é a prática de congelamento de preços e salários. Esse congelamento cria distorções de mercado, podendo gerar a falta de produtos para os consumidores. A história parece confirmar esses argumentos. O fato é que, infelizmente, as políticas macroeconômicas impõem não apenas soluções, mas custos para a sociedade.

Uma forma de “resolver” o dilema entre inflação e desemprego consiste em evitar a inflação. Para isso, é necessário adotar algum grau de responsabilidade fiscal e tratar as ações do Banco Central em torno do controle monetário como algo necessário para a estabilidade dos preços na Economia. A autoridade monetária, por exemplo, não pode financiar déficits públicos com a emissão de moeda.

Trata-se de uma restrição que nem sempre é aceita pelos políticos, particularmente nos países menos desenvolvidos. Ou seja, as decisões em torno das políticas são complexas e demandam grande atenção em relação às suas consequências sobre as variáveis macroeconômicas.

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