Todos desejamos aceitação, amor e compreensão nos relacionamentos. Só que muitas pessoas, para se sentirem amadas, aceitas e compreendidas, acabam repetindo padrões de comportamento herdados dos pais, padrões estes nada saudáveis. Você já ouviu falar na síndrome do amor negativo? Este é o assunto do artigo a seguir. Confira!
O que é a síndrome do amor negativo?
Nos anos 1960, o norte-americano Bob Hoffman criou o conceito da “síndrome do amor negativo” após observação atenciosa de traços emocionais negativos do comportamento de pais e filhos.
Ele percebeu que alguns desses comportamentos eram reproduzidos de geração em geração, influenciando negativamente a estrutura emocional dos filhos. Eram pais que receberam pouco amor e atenção e davam a mesma medida rasa dessas emoções a seus filhos, que cresciam com carências nessas áreas.
Assim, esses filhos procuravam agir de maneira a conquistar amor e atenção de seus genitores, fazendo o que fosse necessário para isso.
De acordo com Bob Hoffman, A Síndrome do Amor Negativo é a adoção dos comportamentos, das atitudes e das admoestações (advertências, repreensões, censuras) negativas (abertas ou encobertas) de nossos pais, para comprar o amor deles e o compulsivo uso destes traços do início ao fim de nossa vida.
Logo, um adulto criado sem amor e atenção começa a fazer de tudo para ser percebido e amado, e leva esse comportamento para todos os seus relacionamentos na vida. Parece algo irrefletido, por que quem faria isso? Pois é, e é uma atitude totalmente inconsciente mesmo.
Quando crianças, aprendemos comportamentos que ficam gravadas no nosso inconsciente e que, na vida adulta, aparecem como comportamentos repetitivos. Muitas vezes, as escolhas e atitudes tomadas com base nesses comportamentos trazem grande sofrimento, e a pessoa que passa por isso sequer tem conhecimento do motivo.
E como sair dessa situação? É o que veremos a seguir.
Como combater?
Segundo Bob Hoffman, esse tipo de comportamento é adotado imperceptivelmente, e pode ser “desadotado” conscientemente.
É necessário fazer uma reprogramação comportamental: em vez de agir e reagir impulsivamente, o convite é pensar no motivo desse impulso, para escolher um comportamento mais produtivo, menos negativo.
É um trabalho longo, de exercício diário, mas capaz de mudar totalmente a vida emocional de quem sofre com essa síndrome.
Desenvolver o autoconhecimento é fundamental nesse processo. Perceber quais são os gatilhos emocionais que fazem com que ajamos de determinadas formas é um ótimo começo. Assim, é possível escolher como reagir a eles posteriormente.
Investir na inteligência emocional é o caminho mais seguro a ser seguido. Essa é uma habilidade que traz ganhos em todas as áreas da vida, além do combate à síndrome do amor negativo.
Em nossos relacionamentos, é necessário ter cuidado com a síndrome do amor negativo, pois ela pode trazer sofrimento e grandes perdas emocionais. Desenvolver o autoconhecimento e a inteligência emocional são atitudes fundamentais para sair da condição de reativos emocionais e chegar ao patamar de fazer conscientemente as melhores escolhas.
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